segunda-feira, 25 de março de 2013

Uso de drogas ilícitas aumenta entre pessoas com mais de 50 anos

Por Emily Sohn


Cocaína, heroína, anfetaminas e outra drogas são, de modo estereotipado, vícios de adolescentes e jovens adultos que fazem escolhas equivocadas. No entanto, o uso de drogas ilícitas está se tornando cada vez mais comum entre as gerações mais velhas - ao menos, na Inglaterra.

Um novo estudo do King's College de Londres com milhares de britânicos descobriu que, em menos de uma década, o número de pessoas entre 50 e 64 anos que usaram maconha recentemente aumentou dez vezes. Entre as pessoas entre 65 e 74 anos, o número de usuários da droga dobrou em 2007 em relação ao ano 2000.

Quando os pesquisadores analisaram o uso ao longo da vida, também descobriram que o uso de anfetaminas, cocaína e LSD de 1993 a 2007, entre os 50 e 64 anos, também aumentou dez vezes.

A cannabis foi, de longe, a droga mais consumida por pessoas mais idosas. No grupo de 50 a 64 anos, 2% afirmaram ter usado a droga no ano passado, e no grupo acima de 65 anos, 0,4% o fizeram. A frequência é maior em Londres, onde 9% dos britânicos entre 50 e 64 anos afirmaram ter usado maconha e outras drogas no ano anterior, enquanto 42% o fizeram em algum momento da vida.

As porcentagens totais são significativamente baixas, mas segundo os pesquisadores, a quantidade de idosos usando drogas é suficiente para chamar a atenção dos médicos sobre os efeitos das drogas ilícitas na saúde de pacientes nesta faixa etária.

“Nossos dados sugerem que uma grande quantidade de pessoas está entrando na velhice sem que saibamos o bastante sobre os efeitos das drogas sobre a saúde, e portanto, elas se beneficiariam de um monitoramento contínuo”, escreveu a equipe de pesquisadores no periódico Age and Ageing.

“A mensagem central deste estudo confirma um fato do qual há muito suspeitávamos, mas que nunca havia sido formalmente estudado no Reino Unido”, afirmou Robert Stewart, um dos autores do estudo, em um comunicado à imprensa. “O uso de drogas ilícitas será mais comum entre as gerações mais velhas nas próximas duas décadas. Como sabemos muito pouco sobre os efeitos de drogas como a maconha em pessoas idosas, precisaremos trabalhar rápido para que as pesquisas acompanhem o aumento do uso nestas faixas etárias”.


Fonte: http://discoverybrasil.uol.com.br/web/submundo/noticias/pessoas/

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